Treinamento no Brasil
Resumo algumas das conclusões da décima edição da Pesquisa “O Panorama do Treinamento no Brasil – Fatos, Indicadores, Tendências e Análises”, realizada pela ABTD/Integração/Carvalho & Mello/ Revista T&D com 425 empresas, divulgada no final de 2015.
A nuvem de tendências abaixo ilustra a importância relativa de cada tema, para as quais ressalto alguns dados.
LIDERANÇA
42% das ações formais de T&D são para investimento na capacitação das lideranças da empresa (SENDO 13% PARA ALTA liderança e 29% para gerência e supervisão), praticamente sem variação por porte da empresa, origem de capital e nem setor de atuação. Constatou-se também que 14% das empresas não investem no treinamento da alta liderança. Dentre os principais assuntos que foram planejados para 2015, Liderança foi o mais frequente, com 49% do total.
E-LEARNING/EAD
Apesar do treinamento presencial representar a grande parcela da forma de entrega, O e-learning/EAD tem boa representatividade (15% de todas as ações de treinamento) e cresceu de 2014 para 2015, atingindo 27% na sua utilização em relação aos outros formatos. Quanto maior a empresa em número de colaboradores, mais se usa e-learning em relação ao presencial. Mesmo assim, ainda é grande o número de empresas que não utilizam o e-learning, representando 33% do número total. O e-learning/EAD assíncrono (em que professor e aluno ou apenas alunos participando de aula em momentos diferentes) é o meio mais utilizado, presente em 43% dos projetos. Destes e-learning assíncronos, no setor privado, 76% são auto-treinamento (sem acompanhamento/apoio de professor/tutor). Surpreendeu o dado que 38% dos projetos de EAD não utilizam tecnologia alguma (usam p.ex. apostilas, manuais), e o fato deste tipo de capacitação ter crescido 33% em 2015 em relação a 2014. As aulas ao vivo a distância têm sua relevância, ocupando 14% das ações de EAD.
COMPORTAMENTAL
Ao longo dos anos percebe-se demanda cada vez mais crescente das habilidades comportamentais, além daquelas técnicas e de conhecimentos para exercer os cargos e funções específicos. Dentre os principais assuntos que foram planejados para 2015 pelas empresas respondentes, os treinamentos comportamentais representaram expressivos 32% do total. No caso dos não-líderes, este tipo de treinamento somou expressivos 18% do total.
MOBILE
Chama a atenção o baixo índice de 2% de uso de forma de entrega por tecnologias móveis, o que acredita-se que deve representar tendência de crescimento nos próximos anos.
Apesar da atual crise econômica no Brasil, pode-se apostar em um crescimento das abordagens mais interativas e digitais, como apontado na nuvem de tendências (o relatório não explora ou detalha estas tendências, mas sinalizo abaixo), considerando a ascensão das gerações mais novas, digitais e habituadas à linguagem dos jogos, aos cargos de liderança – recentes pesquisas da ESA (Entretainment Software Association) revelaram que 59% dos americanos são gamers com idade média de 31 anos:
- tecnologias móveis e à distância – p.ex. MOOCs (“massive open online courses”) – inclusive de universidades corporativas, e EAD, pílulas de conhecimento, 3D, realidade aumentada, vídeo-aulas, etc.
- vertentes que exploram as habilidades comportamentais e tornam o aprendizado mais eficaz e divertido, como o uso da neuroaprendizagem e gamificação.
Michel Epelbaum – diretor da Ellux Consultoria
Consulte nossos serviços de Consultoria, Treinamento, Auditoria e Gamificação em Sistemas de Gestão, Sustentabilidade e Compliance.
Pingback: Gamificação