Neste momento, representantes de diversos países estão reunidos para a 24ª Conferência do Clima da ONU – COP 24, na Polônia, discutindo uma maneira de frear o aquecimento global a níveis aceitáveis.
Os alertas sobre a gravidade da situação e dos efeitos do aquecimento global vêm de todos os lados:
ONU
Segundo a ONU, gases causadores do efeito estufa atingem nível recorde em 2017, só visto há 5 milhões de anos. As concentrações de dióxido de carbono e outros gases que aquecem a Terra aumentaram em 2017 e são 41% mais altas do que em 1990 (concentração na atmosfera de 405,5 ppm). As concentrações de dióxido de carbono na atmosfera aumentaram 0,5% em relação a 2016. 2018 deverá ser um dos quatro mais quentes já registrados:
Gases causadores do efeito estufa atingem nível recorde em 2017 diz ONU.
Gases de efeito estufa atingem nível visto há 5 milhões de anos.
ONU alerta que situação climática nunca foi tão grave.
The Lancet
Mudanças climáticas são a maior ameaça à saúde do século 21, impactando a segurança alimentar, a água potável e o ar limpo. Milhões de pessoas já vêm sofrendo suas consequências, segundo o estudo The Lancet Countdown on Health and Climate Change (Contagem regressiva sobre saúde e mudanças climáticas), publicado na revista científica The Lancet em 28/11, que envolveu a ONU, agências intergovernamentais e 27 instituições acadêmicas.
Em comparação com o ano 2000, 157 milhões de pessoas adicionais em situação vulnerável, foram expostas a ondas de calor em 2017. O clima mais quente também levou à perda de 153 bilhões de horas de trabalho no ano passado, um salto de 60% em relação a 2000.
Fórum Econômico Mundial
O Fórum Econômico Mundial considera o aquecimento global com as suas consequências de eventos climáticos extremos, desastres naturais e riscos sociais e econômicos decorrentes (além da perda de biodiversidade), como os maiores riscos globais do planeta em 2018 (e consta da lista dos maiores nos últimos anos).
Megatendência
Os analistas de tecnologia e futuristas consideram o aquecimento global como uma megatendência, com graves consequências à humanidade e ao planeta, mas fazem previsões sobre as mudanças tecnológicas exponenciais que ajudarão a descarbonizar a economia e a substituir os combustíveis fósseis. Segundo as previsões da Singularity University (realizadas até o ano de 2038):
• em 2024, as vendas de veículos elétricos irão compor metade das vendas totais de automóveis;
• em 2028, a energia solar e eólica representarão quase 100% do consumo mundial.
Este contexto já está sendo avaliado em muitos segmentos da economia (p.ex. na semana conversei sobre o plano de negócios de uma empresa cujos clientes são imediatamente afetados e que estão se movimentando em direção à descarbonização).
Acordo de Paris
O ambiente também serve de alerta para os líderes mundiais dos governos. Também deve ser cuidadosamente avaliado pelo governo brasileiro recém-eleito, considerando que o Brasil é o 7° país do mundo que mais contribui para o aquecimento global.
O Acordo de Paris para o combate às mudanças climáticas, definido em dez/15, pretende implementar ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aumento da temperatura média do planeta a menos de 2°C até 2100 (com esforços para ficar em no máximo 1,5°C). Porém, os resultados até o momento não são capazes de evitar as consequências cada vez mais conhecidas e baseadas em fatos concretos.
Os sinais emitidos pelo governo americano são um retrocesso em toda esta discussão. Da mesma forma, o novo governo eleito no Brasil ainda tem tempo para rever suas declarações e posições iniciais, caminhando para assumir uma liderança neste tema…
Todos seremos envolvidos! Todos seremos impactados. Todos deveremos agir… E rápido!!
Michel Epelbaum – Diretor da Ellux Consultoria
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Saiba mais em nossos posts relacionados:
Riscos Globais 2018 – Fórum Econômico Mundial
COP21 Paris 2015 – Conferência sobre o Aquecimento Global – Acompanhe ao vivo!